quarta-feira, 8 de junho de 2011

Gleisi pede 'sabedoria' para nova missão e rejeita rótulo de 'trator'

Em discurso de despedida no Senado na tarde desta quarta-feira (8), Gleisi Hoffmann (PT-PR) agradeceu "a convivência democrática" na Casa e disse que espera exercer com "sabedoria" a nova função, de ministra-chefe da Casa Civil. Ao citar a relação com os demais parlamentares, rejeitou o rótulo de "trator", conferido a ela por um líder da oposição.
Ela foi escolhida pela presidente Dilma Rousseff para substituir Antonio Palocci, que deixou o cargo na terça. Gleisi toma posse na Casa Civil na tarde desta quarta.
"Quero dizer que meu afastamento do Senado não me afasta dos compromissos que assumi. Estou mudando de instância, mas não de caminho. (...) Peço a Deus sabedoria para exercer essa nova tarefa", discursou Gleisi no plenário do Senado.
Após o discurso, mais de 30 senadores comentaram a ida de Gleisi para a Casa Civil e todos elogiaram a ex-colega de Senado.
Gleisi afirmou que terá uma "responsabilidade grande" e que continuará defendendo o governo de Dilma. "A presidenta Dilma me designou uma nova missão e vou cumpri-la. Minha caminhada tem razão de ser, a responsabilidade é grande. (...) Sempre fui muito incisiva na defesa de seu governo, não pelo simples fato de pertencer a sua base, mas sobretudo porque acredito no projeto que ela representa para o futuro do país."
'Trator'
Crítica da forma como líder do governo no Senado Romero Jucá (PMDB-RR) negociava com os oposicionistas, a senadora petista ganhou do líder do DEM, Demóstenes Torres (GO), o apelido de “trator”, já que defendia o uso da maioria governista para aprovar matérias contra a vontade da oposição, sempre minoritária. “Maioria é para ser exercida”, dizia Gleisi.

No discurso de despedida, ela rebateu os comentários: "Me perguntaram ontem na conversa com a imprensa o que teria a dizer sobre a menção, por alguns oposicionistas, de que sou um trator. Não considero esta a melhor metáfora para quem exerce a política e sempre se dispôs a debater, ouvir e construir consensos. A manifestação democrática é o maior instrumento que temos para avançarmos no desenvolvimento do nosso país."

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